Por unanimidade, STF mantém prisão por crime inafiançável do deputado Daniel Silveira
Redação Em Dia ES
Câmara decidirá se deputado ficará detido
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
quarta-feira (17) por unanimidade manter a decisão do ministro Alexandre
de Moraes que determinou a prisão em flagrante e por crime inafiançável
do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).
O plenário
referendou o mandado de prisão expedido nesta terça-feira (16) por
Moraes. A prisão foi determinada, após Silveira, investigado por
participação em atos antidemocráticos, divulgou um vídeo com discurso de
ódio no qual faz apologia do AI-5 e ataca ministros do Supremo e no
qual faz apologia do AI-5, instrumento de repressão mais duro da
ditadura militar.
No julgamento, os ministros destacaram a legalidade da prisão em flagrante e o caráter de crime inafiançável.
Mesmo
com a decisão do STF, a prisão de um deputado federal precisa passar
pelo crivo da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já foi
notificado.
A assessoria do deputado afirma ser “evidente o teor
político da prisão” da prisão e que os fatos que a embasaram “sequer
configuram crime, uma vez que acobertados pela inviolabilidade de
palavras, opiniões e votos que a Constituição garante aos deputados
federais e senadores”.
Silveira foi detido no fim da noite de
terça, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, e passou a madrugada
preso na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na Zona Portuária da
cidade.
Na decisão, Moraes afirma que houve reiteração de
conduta “visando lesar ou expor a perigo de lesão a independência dos
Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito”.
Ainda
segundo Moraes, as condutas de Daniel Silveira, além de representarem
"crimes contra a honra do Poder Judiciário e dos ministros do Supremo
Tribunal Federal", são previstas como crimes na Lei de Segurança
Nacional.